É recorrente no Brasil considerar as instituições de Memória, como os museus, arquivos, centros etc, como depósito de coisas velhas ou gabinetes de curiosidades, e isso se reflete no quadro de profissionais que trabalham nessas instituições, que em geral não são qualificados para as funções. Também as políticas públicas direcionadas ao patrimônio são pouco funcionais, ineficientes ou inexistentes. Não há preocupação nem mesmo com a manutenção dos patrimônios e dessas instituições, muito menos com a implantação de projetos de sustentabilidade, difusão, desenvolvimento entre outros.
É de suma importância que o CEMIP – Centro de Memória e Informação Pessoal, como instituição que se propõem a trabalhar com o patrimônio cultural, seja multidisciplinar. Que abranja as especificidades científicas e técnicas que deem conta de explorar o potencial do acervo o máximo possível.
Neste sentido, dando continuidade na formação da instituição – preocupação que inicia na origem da formação dos acervos – é que profissionais como arquivistas, bibliotecários, historiadores e recentemente museólogos são chamados às consultorias pontuais, qualificando de maneira geral a própria instituição e acervo.
Recentemente, em julho de 2017 o Museólogo Thiago Silva de Araújo foi contratado e neste mês de outubro entrega a primeira parte do trabalho. Ele presta serviços de Musealização do acervo do Centro como: Levantamento de dados e acervo, execução de diagnóstico participativo, métricas de consulta de dados no acervo, cadastro no SEEM/RS e MuseusBR, entre outras, além do acompanhamento do processo de cadastro em todas as instâncias.
Para Thiago Araújo: “Há diversas instituições de memória espalhadas pelo Brasil, seja em âmbito público ou privado. Verdadeiros bastiões da memória possuem sempre um objetivo em comum: Preservar com excelência seus acervos, a fim de obter a máxima perpetuação possível da informação dos objetos para os mais variados públicos. Os acervos que estão na esfera privada também possuem grande apelo cultural e por isso são de interesse público para pesquisadores, curadores e público em geral.
Por isso, é imprescindível a atuação do profissional da memória nestas instituições, porque eles irão garantir que os procedimentos corretos sejam executados sobre esses acervos. Atualmente, o CEMIP está em processo de musealização de todo seu acervo, objetivando profissionalizar dentro dos parâmetros museológicos seu acervo frente às demandas éticas junto aos órgãos de regulação de museus no país.”
O CEMIP é dirigido por Yuri Victorino que é arquivista, jornalista e numismata. Faz parte da equipe de Cientistas da Informação atuantes na Instituição de Memória.
Se seus documentos, fotografias, livros ou objetos tridimensionais necessitam de gestão, tratamento e digitalização, o Cemip pode promover ações destas naturezas. Acesse os canais de comunicação disponíveis no site. O importante é possibilitar o acesso às informações contidas nos documentos. Aproveite e veja as últimas notícias sobre o que andamos fazendo no Centro. Basta acessar o Magazine Cemip.