Anexos
-
MNC0187A-205x209
-
MNC0187M
-
MNC0187R
Metadados
Título
Moeda - BAHIA – LXXX – D. J.VI R.UNIDO - 1821 - VILA CACHOEIRA
Descrição
BAHIA – LXXX – D. J.VI R.UNIDO - 1821 - VILA CACHOEIRA - FALSA DE EPOCA
COBRE – E.2
VARIANTE 5 VILA CACHOEIRA
PARTIDO PORTUGUÊS CUNHA MOEDA apos 7 DE SETEMBRO DE 1823 RECUNHA P; 1821 - SOBRE 40 réis 1823 C595-573
AMATO C561
35mm / 10,9gr
Material
Dimensões
Tamanho (mm)
35
Peso (gr)
11
Status
NA COLEÇÃO
Letra monetária
Classificação | Found in
Data | Date
1821
Descrição | Description
ANVERSO
Coroa sobre colar de pérolas circundando valor, era e letra monetária. Orlando o colar, inscrição JOANNES. VI. D. G. PORT. BRAS. ET. ALG. REX (JOANNES SEXTUS DEI GRATIA PORTUGALIÆ BRASILIÆ ET ALGARBIORUM REX - João VI, por graça de Deus, Rei de Portugal, Brasil e Algarves)
REVERSO
Inscrição PECUNIA. TOTUM. CIRCUMIT. ORBEM (O DINHEIRO CIRCULA PELO MUNDO TODO) circundado brasão do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves.
PADRÃO MONETÁRIO
RÉIS (até 08/10/1833)
Originado no período Colonial por influência do monetário português, não se tratava de uma moeda genuínamente brasileira. Foi aproveitado do padrão português, sem fundamentação legal no Brasil.
PERÍODO POLÍTICO
Reino Unido, D. João VI - O Clemente (1816-1822)
João VI, cognominado O Clemente, foi rei do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves de 1816 a 1822. De 1822 em diante foi rei de Portugal e Algarves até à sua morte. Com o reconhecimento da independência do Brasil do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves, foi o imperador titular do Brasil, embora tenha sido o seu filho D. Pedro o imperador do Brasil de facto. Surgimento das "patacas" e dos "Vinténs de ouro".
LIMITES GEOGRÁFICOS
Colonial p/ circulação geral
ORIGEM
Casa da Moeda, Bahia
CARACTERÍSTICAS
Material: cobre
Diâmetro: 35,0 mm
Massa: 11 g
Bordo: liso
Eixo: reverso medalha (EV) ⇈
OBSERVAÇÕES
Casa da Moeda da Bahia. Letra monetária B. Sem carimbo
EMISSÕESKM# n/d
ano produção CRMB Prober Amato Vieira Bentes obs.
1820 n/d 1820-C-080B C.492 453.01
1821 n/d 1821-C-080B C.493 453.02
1822 n/d 1822-C-080B C.494 453.04
1823 n/d 1823-C-080B C.495 453.05
Citação das fontes de códigos de referência de moedas:
KM# é código de referência de Krause-Mishler do Standard Catalog of World Coins, 2014
CRMB é código de referência proposto por este site - Código de Referência das Moedas Brasileiras
Prober extraido do Catálogo das Moedas Brasileiras, de Kurt Prober, 3ª. edição, 1981
Amato extraido do Livro das Moedas do Brasil, de Amato/Neves, 17ª. edição, 2024
Vieira extraido do Catálogo Vieira - Moedas Brasileiras, de Numismática Vieira, 14ª. edição, 2012
Bentes extraido do Catálogo Bentes - Moedas Brasileiras, de Rodrigo Maldonado, 1ª. edição, 2013
CASA DA MOEDA – CACHOEIRA
Localizada na vila da Cachoeira, atual cidade de Cachoeira, na Bahia, funcionou de forma emergencial, durante a Guerra da Independência, para suprir as atividades da Casa da Moeda da Bahia, que estava ocupada por tropas portuguesas.
A casa da moeda da Bahia foi transferida para Cachoeira em 1823 e funcionou durante 2 meses nesta cidade.
Na casa da moeda de Cachoeira foram cunhadas as moedas de LXXX réis 1821 com pequenas adaptações (afinal já estávamos em 1823).
As principais características da moeda cunhada em Cachoeira são as seguintes:
Colar de pérolas d 65 pérolas
Diâmetro de 40mm (As cunhadas em outras casas da moeda possuem 42mm)
O último algarismo na maioria das vezes aparece emendado de 1 para 3
Por causa da guerra havia uma forte pressão para emissão de moeda por conta da escassez de dinheiro causada pela guerra e também para que fosse possível pagar os soldos dos soldados.
A Casa da Moeda funcionou na Vila da Cachoeira, no Convento do Carmo, em compartilhamento lateral, com saída independente, iniciando as atividades a 7 de junho de 1823.No dia 4 de julho de 1823, o Provedor recebia determinações de encaixotar todos os utensílios das oficinas, encerrando-se as atividades da Casa da Moeda.
Nesta época muitas moedas falsas foram cunhadas para driblar a escassez de dinheiro. Era comum as grandes fazendas cunharem moedas de X e principalmente LXXX réis. Diversas destas moedas possuem o cunho tão mal feito que parecem ter sido criadas a mão.
No próprio artigo de Prober ele menciona a descoberta de uma casa de cunhagem de moedas falsas de cobre próximo a Vila de Cachoeira denominada de “Chem-Chem”.
Outra citação no artigo de Prober, é a prisão de manuel Joaquim de Sant’ana que transformava moedas de 40 réis em moedas de 80 réis.
Cachoeira e São Felix são duas cidades do recôncavo baiano separadas pelo rio Paraguaçu. Cidades antigas e históricas que foram palco das guerrilhas que antecederam a independência do Brasil.
Declarada a independência de 1822, apenas algumas províncias tinham se tornado independentes. (Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais). A independência tinha que ser expandida para as outras províncias.
Na Bahia houve a maior resistência dos Portugueses e a luta se estendeu até 2 de julho de 1823. Os Portugueses continuaram governando a Bahia, concentrados em Salvador. O foco da resistência contra a Coroa Portuguesa se deslocou para Cachoeira. Batalhas e lutas sangrentas marcaram a independência em todo o recôncavo baiano. Cachoeira e a Ilha de Itaparica entre outras cidades próximas foram palco de revoltas e resistência de Índios, negros e soldados Brasileiros.
A luta somente terminou com a batalha de Pirajá, próximo a Salvador. Onde as tropas Brasileiras comandadas pelo general Labatut (contratado por Dom Pedro I para lutar pelo Brasil) conseguiram impedir três ataques portugueses.
Um fato curioso ocorreu nesta batalha:
Não se sabe se o fato ocorreu de verdade. O corneteiro Luis Lopes, das tropas brasileiras, recebeu a ordem do comandante para recuar as tropas, porém, contrariando as ordens do comandante, deu a ordem para avançar a cavalaria. A tropa Portuguesa assustada com o “avanço da cavalaria” que nem sequer existia, recuou e permitiu que as tropas Brasileiras tivessem uma boa vantagem na batalha.
Fonte:
Kurt Prober – Casa da Moeda da Vila da Cachoeira – 5 de julho de 1955.
http://www.angelinicoins.com/Hist/Brasil/ifCasMoe.html
O Real (no plural: reais ou réis) foi a unidade de moeda de Brasil desde cerca de 1430 até 1911. Substituiu o dinheiro à taxa e 1 real = 840 dinheiros e foi substituído pelo escudo (como resultado da implantação da República em 1910) a uma taxa de 1 000 réis = 1 escudo.
Esta moeda foi utilizada em todas as colónias Brasileiras entre os séculos XVI e XIX.
História
O uso da palavra real como unidade monetária deriva do sentido de realeza, sendo pela primeira vez registada por escrito, no sentido monetário, em 1339, durante o reinado de D. Afonso IV de Portugal (1325-57).
Antes do real
As primeiras moedas cunhadas pelo reino de Portugal eram chamadas de dinheiro. No tempo de D. Afonso Henriques (1143-1185), primeiro rei de Portugal, continuavam também a circular moedas romanas (denários e áureos), assim como moedas leonesas e muçulmanas, estas últimas principalmente de prata e ouro, os dirrãs e os dinares. Em resposta às moedas de ouro muçulmanas, a monarquia portuguesa cunhou os morabitinos de ouro.
O Real
Somente no tempo de D. Afonso IV o dinheiro passou a ser conhecido por alfonsim ou real. Alfonsim porque era cunhada pelo rei Afonso, e real porque era a moeda do rei, da realeza portuguesa. Como foi um rei forte ao seu tempo, reinando por mais de 32 anos, o nome se perpetuou. Antes de D. Afonso IV as moedas cunhadas pelos reis portugueses eram chamadas de 'dinheiro', porque é o aportuguesamento da palavra denário, moeda romana que ainda circulava na Europa.
Esse dinheiro português era cunhado em uma liga de cobre e prata chamada bilhão. Também cunhava-se uma mealha, na mesma liga, que valia exatamente metade de um dinheiro. A partir de D. Afonso II (1211-1223) não se cunhava mais a mealha, mas manteve-se na prática. Como a mealha valia metade de um dinheiro, quando se precisava de troco, cortavam este em duas metades. Essas moedas de bolhão tinham numa das faces a cruz da Ordem de Cristo. Apesar do real alfonsim, ainda levaria muito tempo para a uniformização do sistema monetário português.
O primeiro real foi introduzido por D. Fernando I cerca de 1380. Era uma moeda de prata e tinha um valor de 120 dinheiros. No reinado de D. João I (1385-1433), foram emitidos o real branco, de 3 ½ libras, e o real preto, de 7 soldos (um décimo de um real branco). No início do reinado de D. Duarte, em 1433, o real branco (equivalente a 840 dinheiros) tornara-se a unidade base em Portugal. Desde o reinado de D. Manuel I (1495-1521), o nome foi simplificado para "real", coincidindo com o início da cunhagem de moedas de real em cobre. Começou a ser usada a forma "réis" em vez de "reais" no reinado de D. João IV de Portugal (1640-1656), após o período da monarquia espanhola em Portugal, de 1580 a 1640.
A adoção do sistema decimal
Em 1837 foi adotado o sistema decimal para as denominações de moedas, com as primeiras notas emitidas pelo Banco de Portugal em 1847. Em 1854, Portugal passou a um padrão-ouro de 1 000 réis = 1,62585 gramas de ouro fino. Este padrão manteve-se até 1891. As grandes somas eram geralmente expressas em 1 000 réis ou "mil-réis", um termo frequentemente utilizado na literatura portuguesa no século XIX. Em números, mil-réis escrevia-se 1$000 (por exemplo 60 000 réis: 60$000 ou 60 mil-réis). Um milhão de réis, grafado como 1:000$000, era conhecido como um "conto de réis".
O real nas colónias portuguesas
Moedas e notas denominadas reais foram emitidas também em diferentes partes do Império Português. Veja-se: real Angolano, real insulano dos Açores e da Madeira, real de Cabo Verde, real de Moçambique, real da Guiné Portuguesa e real de São Tomé e Príncipe. O Brasil adotou o real como moeda após a independência em 1822 e a manteve, na forma plural "réis", até 1942. Em 1994, a denominação da sua moeda voltou a ser real, mas agora sem o uso da forma "réis".
Origem | Source
Assunto | Subject
80 RÉIS | Casa da Moeda da Bahia | Casa da Moeda de Cachoeira - BH | D. João VI | Falsa da Época | LXXX RÉIS | Real Portugues
ID
MNC0187