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Título
MOEDA - CEARÁ - CARIMBO ICÓ 1832 - 320 RÉIS RIO P.II/D.P.II- 1699 - PRATA
Descrição
CEARÁ - CARIMBO ICÓ 1832 - 320 RÉIS RIO P.II/D.P.II- 1699 - PRATA
PEDRO II DE PORTUGAL / D. PEDRO II DO BRASIL
320 RÉIS RIO P.II DE PORTUGAL 1699 - CARIMBO ICÓ 1832 - COROA ESTREITA
MOEDA BASE: AMATO P135a / BENTES: 80.01
CARIMBO: BENTES: 512.04
30mm - 9,6gr
Carimbo – IGO / ICO - aplicado em moedas da Colônia e Império de cobre.
Classificação | Found in
3.0 - Repositório Numismático e de Coleções | 3.0 - Repositório Numismático e de Coleções > 3.5 - Seção Coleção de Moedas | 3.0 - Repositório Numismático e de Coleções > 3.5 - Seção Coleção de Moedas > 3.5.3 - Series Brasil Império, 1822 - 1899 | 3.0 - Repositório Numismático e de Coleções > 3.5 - Seção Coleção de Moedas > 3.5.3 - Series Brasil Império, 1822 - 1899 > 3.5.3.2 - Dossier D. Pedro II, 1831 - 1889
Data | Date
1699
Descrição | Description
O Carimbo ICÓ 1829-1832 foi representativo ao levante.
ICÓ REVOLTA DO PINTO - 1832
A vacância no poder político em razão da abdicação de D. Pedro I ocasionou ferozes disputas entre os dois grupos promotores do evento: os liberais exaltados e os liberais moderados. O terceiro grupo – os Restauradores – formava nos primeiros anos da década de 1830, a sociedade Colunas do Trono e do Altar. Existindo desde 1828, almejavam que o Imperador governasse sem o “trambolho”, ou seja, sem a constituição. Gozando de grande influência em Pernambuco, os colunas transformaram-se paulatinamente em restauradores após a abdicação. Essas associações políticas constituíam, conforme Marco Morel: formas de agrupamento em torno de um líder, ou através de palavras de ordem e da imprensa, em determinados espaços associativos ou de sociabilidade e a partir de interesses ou motivações específicas, além de sedelimitarem por lealdades ou afinidades (intelectuais, econômicas e culturais etc.) entre seus participantes.
Mesmo tendo em mente que essas três facções políticas se interpenetravam, se diluíam e se confundiam no meio do complexo tecido social, é necessário observar os agrupamentos políticos que se institucionalizaram após a abdicação. Tais associações foram extremamente representativas. Elas apontaram, cada qual ao seu modo, um rumo distinto para a nação.4 Os conflitos suscitados por estas diferentes prerrogativas alcançaram pontos extremos de radicalização e ultrapassaram os espaços de controle do aparelho de Estado, ganhando as ruas e os campos, envolvendo intelectuais urbanos, fazendeiros, padres, magistrados, lavradores pobres, negros escravos, índios, enfim, grupos heterogêneos que ora aliavam-se, ora combatiam-se em armas ameaçando a unidade do Império e o status quo vigente com suas demandas sociais variadas. Em fins de 1831, um levante que desejava restaurar o trono de D. Pedro I ocorrera no sertão cearense, atingindo também regiões do interior de Pernambuco. Seu líder era Joaquim Pinto Madeira, um proeminente chefe militar da vila do Jardim, sertão do Ceará, numa região denominada Cariri. Em 1824, durante a Confederação do Equador ajudou as forças imperiais, derrotando os revolucionários da vila de Crato, cidade vizinha e rival. Após essa intervenção considerada um “ato de bravura”, foi agraciado pelo Imperador e promovido ao posto de Coronel, sendo também nomeado Comandante Geral das Armas do Crato e do Jardim, por ato assinado em novembro de 1824. Dessa forma, o apoio ao projeto do Rio de Janeiro conferiu a Pinto Madeira o poder político da Região do Cariri, e também uma intensa rivalidade com grandes senhores de terra da vila do Crato. Pinto Madeira foi um dos membros da Coluna do Trono e do Altar em pleno sertão cearense. Após a abdicação de D. Pedro I, no entanto, ele perdeu todas as honrarias concedidas pelo Imperador. As rivalidades locais se reacenderam, e iniciaramse embates no Cariri. Com a ajuda do Padre Antonio Manuel de Souza, figura extremamente carismática, ele mobilizou uma milícia de sertanejos e dominou grande parte do sertão cearense em fins de 1831.5 O Padre Antonio Manuel de Souza ficou conhecido como “benze-cacetes”, porque benzia os porretes daqueles pobres soldados camponeses que não tinham armas melhores. A rebelião de Pinto Madeira se imbuiu de idéias restauradoras, clarificadas nesse trecho de uma proclamação do próprio líder da revolução: Brasileiros. É chegada a hora de nossa regeneração política. Época em que malvados liberais vão ser punidos de tão horrorosos crimes por eles perpetrados. (...) Brasileiros. Estou à vossa frente com 3.800 heróis bem armados e municiados e jamais retrogradarei meus passos sem que ainda no mais remoto canto do Brasil não se respeite a religião de nossos pais e o Senhor D. Pedro I, em abono disto quanto vos acabo de dizer, só recomendo que, se eu morrer, vingai-me com a conclusão de nossa honra. Viva a Religião Católica Apostólica Romana de Nosso Senhor Jesus Cristo. Viva nosso adorado Imperador O Senhor D. Pedro I e sua augusta Dinastia. Viva os bons fiéis brasileiros em geral, e, em particular, os grandes habitantes de Jardim.
Misto de querelas entre grandes senhores locais, pobreza rural, fanatismo religioso e questões políticas mais abrangentes, a rebelião de Pinto Madeira chegou adentrar pelo sertão pernambucano. O medo de um levante dos colunas se tornou ainda maior no Recife. Várias medidas institucionais foram tomadas ao longo de todo o ano de 1831 e no início de 1832, com o intuito de enfraquecer as possíveis aspirações restauradoras em Pernambuco. Acrescentando-se o envio de tropas ao sertão cearense para ajudar no combate contra as milícias armadas com cacetes benzidos.
Em ofício de maio de 1832, o governo pernambucano confirma seu apoio contra a revolta de Pinto Madeira: Tendo recebido o Off. Q. a câmara Municipal da Cidade de Fort., Cap. Dessa Prov.a, me dirigio em data de 23 de abril pa. Pa, pedindo encarecidamente promptos socorros contra o malvado e detestável Pinto Madeira, q. a tem dilacerado, e ameaça submergi-la, e mostrando-se pa. Isso autorizada p. V. Exa. Em Conselho deste Gov., o qual sumamente sensibilizado pelas graças de uma tão importante parte do Brasil, e interessado na sua salvação, e liberdade, resolveo, q. lhe fossem enviados todos os auxílios compatíveis com as nossas actuaes circunstancias, ordenando-se por conseguinte, q. pelo interior marchassem 100 homens da Expedição de St. Antão, armados, e municiados, e 5 officiaes, debaixo do comando do Capm. Jose Joaquim da Silva Santiago.
Fonte | Source
Assunto | Subject
Carimbo ICÓ | Coroa Estreita | D. Pedro II | D. Pedro P.R. de Portugal | Prata
ID
mnc2422