O Museu Numismático – NUMIS, recebeu três livros para a Biblioteca Kurt Prober. As doações foram feitas de autores e colaboradores. Dois vieram de São Paulo através das mãos de Oswaldo M. Rodrigues Jr., o outro veio de Belém do Pará do Professor José Ricardo Paraguassu Smith de Oliveira. Agora as obras serão indexadas e em breve estarão disponíveis.
OSWALDO MARTINS RODRIGUES JÚNIOR
Oswaldo Martins Rodrigues Júnior é Diretor de Comunicação e membro da Sociedade Numismática Brasileira desde 1984; Sócio remido desde 2009; Diretor Secretário de 1987-89 e 1989-1991; Conselheiro da Comissão de Convenções, Divulgação e Sócios da Sociedade Numismática Brasileira, de 1989 a 1990; Assessor da Diretoria para Relacionamentos Internacionais 2015-2021; Diretor Social e de Divulgação 2021-2022; Diretor de Comunicação 2022-2023.
Editor da Revista Numismática Brasileira; Recipiente da Medalha de Mérito Numismático 2020; Psicólogo e psicoterapeuta sexual desde 1984, atua em tratamento de disfunções e queixas sexuais e inadequações sexuais de casal desde 1996 atua no Instituto Paulista de Sexualidade, o qual fundou e dirige; Mestre em Psicologia Social PUC/SP, 1996, atualmente coordena as pesquisas e estudos sobre disfunção erétil, disfunções sexuais e parafilias no GEPIPS – Grupo de Estudos e Pesquisas do InPaSex (desde 1996).
Doou dois trabalhos interessantíssimos que integram a Numismática e a Sexologia. Sexologia na Numismática e Psicólogo em Sexualidade e Numismática.
JOSÉ RICARDO PARAGUASSU SMITH DE OLIVEIRA
Especialista em Metodologia do Ensino da Matemática pela Faculdade Internacional de Curitiba. Atualmente é professor de matemática da Escola Municipal Antônio Barbosa (Macapá-AP). Participa do Núcleo de Pesquisa História da Ciência e Ensino (2018-Atual). Tema de pesquisa: Área da Educação Matemática, História da Ciência e Ensino, com foco na Numismática e uso de moedas do Império do Brasil no ensino de matemática na educação básica.
Doou o importante estudo sobre a Cabanagem, de Álvaro Martins, intitulado: Moedas para a revolução do povo (A solução cabana para o meio circulante).
O trabalho recebeu o prêmio Barão de Guajará da Academia Paraense de Letras. Se trata de uma meticulosa pesquisa de rigor acadêmico no tratamento da questão.
O tema central é a emissão de moeda pelos presidentes cabanos. O autor circula com desenvoltura por toda a bibliografia disponível, atestado de que leu, meditou e concluiu com toque pessoal a respeito desse acervo desigual e, muitas vezes, insuficiente para saber realmente o que aconteceu entre 1821 e 1835.
Álvaro põe em questão o próprio conceito de origem. Argumenta que, no tempo dos fatos, os cabanos não sabiam que eram cabanos: não se autodenominavam assim nem dessa forma eram tratados. No momento em que a história se fazia, também o episódio não era chamado por Cabanagem. Trata-se de conceito criado pela historiografia, não pelos personagens. Veio depois.
Álvaro abre algumas portas enquanto passeia pela obra alheia dedicada à Cabanagem, realizando ensaios originais e provocativos. Um deles é a tentativa de dar cara aos atores da saga, enriquecendo a parca iconografia cabana. É um esforço apreciável, a ser posto em teste.
Outro efeito é mais sonante, digamos assim: a reprodução das moedas remarcadas pelos líderes cabanos ao assumirem, pela primeira vez de forma sistemática e mais duradora, o poder na província. Os cofres quase vazios e as circunstâncias desfavoráveis da guerra civil os levaram a improvisar o meio circulante para manter a vida local, ainda que de forma precária e efêmera. Recolher as moedas ainda em circulação e relançá-las como moeda cabana, com valor inferior ao de face, mas com aceitação compulsória, foi um ato próprio de uma revolução.
Uma das grandes lacunas historiográficas é um exame mais aprofundado das três administrações cabanas de Malcher, Vinagre e Angelim, trabalho que exige o que tem faltado à maioria dos livros recentes: acesso a novos documentos originais e fontes inéditas, que de fato existem. O que abunda é a interpretação e reinterpretação a partir da mesma base, a do barão de Guajará.
Segundo Lúcio Flávio Pinto,editor do Jornal pessoal de Belém – da qual retiramos parte do que se lê aqui sobre a obra de autor – o maior mérito do trabalho de Álvaro Martins é avançar sobre o ainda desconhecido, pouco conhecido ou carente de análises esclarecedoras.
O Museu Numismático – NUMIS é uma instituição permanente e sem fins lucrativos, constituída para servir à sociedade e ao seu desenvolvimento, assim como ao fortalecimento da democracia e da diversidade social e cultural. É uma instituição aberta ao público, que adquire, preserva, gere, investiga, comunica e expõe acervo de conhecimento numismático, filatélico, sigilográfico e documental, com fins de promover ações educativas, respeito à diferença cultural e fruição reflexiva.
Administrativamente é vinculado à Associação dos Amigos do Museu Numismático – AAMNN, cumprindo papel fundamental na pesquisa e na preservação da memória da diversidade numismática no estado e do país. Seu acervo é constituído por acervo documental, bibliográfico e numismático de cunho local, regional, nacional e internacional. Contendo moedas, cofres, selos, sinetes e objetos tridimensionais, fotografias, entrevistas, documentos, objetos de uso cotidiano de conotação histórica, fiduciária além de documentação e referencial teórico de apoio, como obras sobre temas da numismática, sigilografia, história e ciências pertinentes a tema central: Numismática.
O NUMIS pode receber doações de peças, livros, objetos e demais temas relacionados aos acervos, desde que estejam livres de qualisquer impedimento legal. Faça como o Professor José Ricardo Smith – que aparece ai na foto a cima – que doou livro para a Biblioteca Kurt Prober. Você também pode ser um colaborador. Basta entrar em contato através dos canais de comunicação nas redes sociais.
Você pode visitar o acervo de forma virtual, no site da instituição, através do endereço eletrônico: https://www.numis.mus.br/