Assunto Virgilio Calegari
Virgilio Calegari (Bérgamo, 30 de maio de 1868 — Porto Alegre, 13 de setembro de 1937) foi um fotógrafo ítalo-brasileiro, ativo em Porto Alegre entre o fim do século XIX e princípios do século XX, um dos principais do estado em sua geração, deixado um importante legado documental e estético.
Filho de Oscar Calegari e Rosa Masserini, Virgilio chegou a Porto Alegre em 1881 juntamente com os pais e os irmãos Guglielmo (Guilherme), Batista e Gualtiero. As irmãs Arcilia e Oldemira vieram mais tarde, e Giulio (Júlio), nasceu no Brasil. Todos os irmãos se dedicaram às artes. Guglielmo (Guilherme), Batista e Gualtiero foram cenógrafos, atores e pintores e ganharam alguma projeção como autores de cenários teatrais e fotográficos. Guilherme também foi decorador de interiores e ao que parece participou da ornamentação da Igreja das Dores e do Teatro Politeama. Júlio foi fotógrafo.
Seu contato inicial com a fotografia remonta a 1885, quando tomou os primeiros ensinamentos com o fotógrafo João Antônio Iglesias, tornando-se mais tarde auxiliar do estabelecimento de Otto Schönwald, com quem teria aprimorado seus conhecimentos na prática.
Em 1893 inaugurou seu primeiro ateliê porto-alegrense à rua do Arroio (depois Bento Martins). Dois anos depois transferiu-se para a Rua da Praia e, logo no ano seguinte, registra-se o primeiro recolhimento de impostos sobre profissões de seu estabelecimento. O recolhimento de impostos de seu estúdio termina em meados de 1932, o que faz crer que tenha sido quando encerrou sua carreira como fotógrafo profissional.
Foi colaborador das revistas ilustradas Kodak, Máscara e a Revista do Globo. Foi professor de seu irmão Júlio Calegari e de Domingos Mancuso, ambos com destacada carreira fotográfica em Caxias do Sul.
Casou primeiro com Maria Oliveira, com quem teve os filhos Ney, colaborador da revista Illustração Pelotense, e Julieta. Depois de viúvo casou-se com Francisca Santos, gerando Carmen, Helena, Oscar, Gilda e Irene.