Assunto Mem de Sá

Mem de Sá, também documentado como Mem de Sá Sottomayor (Coimbra, c. 1504 — São Salvador da Bahia de Todos os Santos, 2 de março de 1572), foi um nobre e administrador colonial português.

Meio-irmão do poeta Francisco de Sá de Miranda, era filho de Gonçalo Mendes de Sá, cónego da Sé de Coimbra e de mulher desconhecida, e neto paterno de João Gonçalves de Crescente, cavaleiro fidalgo da Casa Real, e de sua mulher Filipa de Sá que viveram em São Salvador do Campo em (Barcelos) e em Coimbra, no episcopado de D. João Galvão.

Obteve o diploma em leis pela Universidade de Salamanca, na Espanha, em 1528. Ainda jovem, partir de 1532, exerceu o cargo de juiz desembargador dos Agravos da Casa da Suplicação. Foi nomeado como terceiro governador-geral do Brasil, de 1558 a 1572, sucedendo a D. Duarte da Costa (1553-1558).

Chegou a Salvador, na Bahia, em 28 de dezembro de 1557. Tomou posse do Governo em 1558.[3]

Em sua nomeação para governador-geral, estabelecida por carta régia, o rei D. João III concedeu-lhe amplos poderes no âmbito cível e penal, o que não ocorrera nos governos anteriores.

Procurou pacificar a colônia, liderando a guerra contra o gentio revoltado. Nessa luta, perdeu o filho, Fernão de Sá, em combate na Batalha do Cricaré, na então Capitania do Espírito Santo.

Os 14 anos de seu governo caracterizaram-se por importantes realizações, tais como a fundação da cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro em 1 de março de 1565, por seu sobrinho Estácio de Sá;[3] a expulsão dos franceses, em 1567, com o auxílio do mesmo sobrinho, que morreu de flechada recebida na luta, e o aldeamento de tribos indígenas em missões (reduções).