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Assunto Barcelona

Barcelona
O nome Barcelona deriva do antigo ibero-fenício barkeno, inscrito em uma antiga moeda em alfabeto ibérico como Barkeno em caractéres Iberos em grego antigo como Βαρκινών (Barkinṓn) e em latim como Barcino, Barcilonum e Barceno.

Durante a Idade Média, a cidade ficou conhecida como Barchinona, Barçalona, Barchelona e Barchenona.[carece de fontes]

História
Antiguidade
Os primeiros vestígios de povoamento em Barcelona remontam ao final do período Neolítico (2 000 a 1 500 a.C.). Barcino foi a cidade dos laietanos (um povo ibero) e deu origem à cidade de Barcelona. Estava situada perto do Rio Rubricato (atualmente, conhecido como Rio Llobregat). Uma lenda atribui sua fundação a Hércules, quatrocentos anos antes da fundação de Roma. A cidade foi, supostamente, refundada por Amílcar Barca, que lhe teria dado o nome. Os cartagineses ocuparam a região durante a Segunda Guerra Púnica. Aparentemente, por essa mesma época teria existido uma colônia grega (Calípolis) na região, apesar de os historiadores discordarem sobre a sua localização exata.

Em sentido estrito, Barcelona teria sido fundada pelos romanos no final do século I a.C., sobre o mesmo assentamento ibérico anterior onde já se haviam instalado anteriormente desde o ano de 218 a.C., e teria sido convertida numa fortificação militar, chamada de “Júlia Augusta Paterna Favência Barcino” (IVLIA AVGVSTA PATERNA FAVENTIA BARCINO), que estava situada sobre o então chamado MONS TABER, uma pequena elevação onde hoje está situada a catedral da cidade e a Praça de São Tiago. No século II, as suas muralhas foram construídas por ordem do Imperador Tibério Cláudio e, já no início do século III, a população de Barcino estava estimada entre 4 000 e 8 000 habitantes.

Idade Média e Era Moderna
No ano de 415, Barcelona foi ocupada pelos visigodos do rei Ataulfo (r. 410–415) provenientes da Itália. No século VIII, a cidade foi conquistada pelo uale do Andalus Alhor ibne Abderramão Atacafi e iniciou-se um período de quase um século de domínio muçulmano, que terminou em 801, quando foi ocupada pelos carolíngios de Carlos Magno (r. 768–814). Os carolíngios a converteram em capital do Condado de Barcelona. A potência econômica da cidade e a sua localização estratégica fizeram com que os muçulmanos voltassem em 985, comandados por Almançor, ocupando-a durante alguns meses, saqueando a cidade, destruindo até às fundações igrejas e a muralha, incendiando os edifícios, além de matarem milhares de pessoas e de escravizarem e transportarem para sul outra parte da população.

A partir do século XIV, a cidade iniciou uma era de decadência que se estendeu durante os séculos seguintes. A união dos reinos de Aragão e Castela, oficializada com o casamento entre os reis Fernando de Aragão e Isabel de Castela, gerou um ambiente tenso entre catalães e castelhanos que chegou ao momento mais crítico com a Guerra dos Segadores (de 1640 a 1652) e, posteriormente, com a Guerra da Sucessão Espanhola (de 1702 a 1714), que terminou com a abolição das leis institucionais próprias da Catalunha, com a destruição de boa parte do bairro da Ribera e com a construção, em seu lugar, da fortaleza conhecida como Cidadela (no local do atual Parque da Cidadela). A partir do fim do século XVIII, Barcelona iniciou uma recuperação econômica que lhe favoreceu a industrialização progressiva do século seguinte.

Séculos XIX e XX
A segunda metade do século XIX coincidiu com o projeto de derrubada das muralhas antigas que envolviam a cidade. Cidades próximas a Barcelona foram, então, incorporadas à mesma. Foram incorporadas à “Grande Barcelona” as cidades de Gràcia, Sarrià, Horta, Sant Gervasi de Cassoles, Les Corts, Sants, Sant Andreu de Palomar e Sant Martí de Provençals. Isso permitiu que a cidade executasse o projeto do Eixample e desenvolvesse sua indústria, feitos que lhe permitiram entrar no século XX como um dos centros urbanos mais avançados de Espanha. Foi sede de duas exposições universais: uma em 1888 e outra em 1929.

A escalada da Guerra Civil Espanhola e a derrota das forças republicanas tornaram o panorama desfavorável novamente, uma vez que Barcelona se havia posto ao lado da república. No final de 1939, as tropas franquistas ocuparam a cidade na última fase da guerra. Depois de um pós-guerra duro para Barcelona, teve início uma fase de desenvolvimento sob o mandato do prefeito Josep María de Porcioles i Colomer. Toda a região próxima à cidade que ainda mantinha alguma tradição agrícola e rural aos poucos foi se urbanizando, com grandes bairros cheios de imigrantes procedentes de outras partes da Península Ibérica.

Restaurada a democracia após a morte do ditador Franco, um novo desenvolvimento cultural e urbanístico aconteceu, com uma crescente participação da população civil, dotando a cidade de uma infraestrutura digna de uma metrópole moderna, cosmopolita e atrativa para o turismo. Nessa última etapa, celebraram-se os Jogos Olímpicos de Verão de 1992 e o Fórum Universal das Culturas em 2004.

Em 17 de agosto de 2017, uma van foi jogada contra pedestres em La Rambla, matando 15 pessoas e ferindo outras 100. A Amaq News Agency atribuiu a responsabilidade indireta pelo ataque ao Estado Islâmico do Iraque e do Levante (ISIS).