Anexos
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MNC0195A D. Pedro II de Portugal
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MNC0195M D. Pedro II de Portugal
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MNC0195R - D. Pedro II de Portugal
Metadados
Título
Moeda - S/L – 640 RÉIS – DUAS PATACAS – D. PEDRO II DE PORTUGAL - 1699
Descrição
S/L – 640 RÉIS – DUAS PATACAS – D. PEDRO II
1699
C.2
PRATA
VAR. BRAS.DN
CASA DA MOEDA DO RJ - CRUZ EMBOLADA 2º TIPO COROA ESTREITA - VARIAÇÃO 6A
BENTES 74.01
AMATO P136
37mm / 18gr
Material
Dimensões
Tamanho (mm)
37
Peso (gr)
18
Status
EMPRESTIMO
Letra monetária
Classificação | Found in
Data | Date
1699
Descrição | Description
O Real (no plural: reais ou réis) foi a unidade de moeda de Brasil desde cerca de 1430 até 1911. Substituiu o dinheiro à taxa e 1 real = 840 dinheiros e foi substituído pelo escudo (como resultado da implantação da República em 1910) a uma taxa de 1 000 réis = 1 escudo.
Esta moeda foi utilizada em todas as colónias Brasileiras entre os séculos XVI e XIX.
História
O uso da palavra real como unidade monetária deriva do sentido de realeza, sendo pela primeira vez registada por escrito, no sentido monetário, em 1339, durante o reinado de D. Afonso IV de Portugal (1325-57).
Antes do real
As primeiras moedas cunhadas pelo reino de Portugal eram chamadas de dinheiro. No tempo de D. Afonso Henriques (1143-1185), primeiro rei de Portugal, continuavam também a circular moedas romanas (denários e áureos), assim como moedas leonesas e muçulmanas, estas últimas principalmente de prata e ouro, os dirrãs e os dinares. Em resposta às moedas de ouro muçulmanas, a monarquia portuguesa cunhou os morabitinos de ouro.
O Real
Somente no tempo de D. Afonso IV o dinheiro passou a ser conhecido por alfonsim ou real. Alfonsim porque era cunhada pelo rei Afonso, e real porque era a moeda do rei, da realeza portuguesa. Como foi um rei forte ao seu tempo, reinando por mais de 32 anos, o nome se perpetuou. Antes de D. Afonso IV as moedas cunhadas pelos reis portugueses eram chamadas de 'dinheiro', porque é o aportuguesamento da palavra denário, moeda romana que ainda circulava na Europa.
Esse dinheiro português era cunhado em uma liga de cobre e prata chamada bilhão. Também cunhava-se uma mealha, na mesma liga, que valia exatamente metade de um dinheiro. A partir de D. Afonso II (1211-1223) não se cunhava mais a mealha, mas manteve-se na prática. Como a mealha valia metade de um dinheiro, quando se precisava de troco, cortavam este em duas metades. Essas moedas de bolhão tinham numa das faces a cruz da Ordem de Cristo. Apesar do real alfonsim, ainda levaria muito tempo para a uniformização do sistema monetário português.
O primeiro real foi introduzido por D. Fernando I cerca de 1380. Era uma moeda de prata e tinha um valor de 120 dinheiros. No reinado de D. João I (1385-1433), foram emitidos o real branco, de 3 ½ libras, e o real preto, de 7 soldos (um décimo de um real branco). No início do reinado de D. Duarte, em 1433, o real branco (equivalente a 840 dinheiros) tornara-se a unidade base em Portugal. Desde o reinado de D. Manuel I (1495-1521), o nome foi simplificado para "real", coincidindo com o início da cunhagem de moedas de real em cobre. Começou a ser usada a forma "réis" em vez de "reais" no reinado de D. João IV de Portugal (1640-1656), após o período da monarquia espanhola em Portugal, de 1580 a 1640.
A adoção do sistema decimal
Em 1837 foi adotado o sistema decimal para as denominações de moedas, com as primeiras notas emitidas pelo Banco de Portugal em 1847. Em 1854, Portugal passou a um padrão-ouro de 1 000 réis = 1,62585 gramas de ouro fino. Este padrão manteve-se até 1891. As grandes somas eram geralmente expressas em 1 000 réis ou "mil-réis", um termo frequentemente utilizado na literatura portuguesa no século XIX. Em números, mil-réis escrevia-se 1$000 (por exemplo 60 000 réis: 60$000 ou 60 mil-réis). Um milhão de réis, grafado como 1:000$000, era conhecido como um "conto de réis".
O real nas colónias portuguesas
Moedas e notas denominadas reais foram emitidas também em diferentes partes do Império Português. Veja-se: real Angolano, real insulano dos Açores e da Madeira, real de Cabo Verde, real de Moçambique, real da Guiné Portuguesa e real de São Tomé e Príncipe. O Brasil adotou o real como moeda após a independência em 1822 e a manteve, na forma plural "réis", até 1942. Em 1994, a denominação da sua moeda voltou a ser real, mas agora sem o uso da forma "réis".
DESCRIÇÃO
2 patacas do Rio de Janeiro - ET BRAS DN - Data emendada
ANVERSO
Escudo português, sob coroa real, ladeado por 3 florões no lado direito e valor facial no lado esquerdo; inscrição PETRVS. II. DG. PORT. REX. ET. BRAS. DN.
REVERSO
Esfera armilar sobre Cruz de Cristo e inscrição SVBQ. SIGN. NATA. STAB
PADRÃO MONETÁRIO
RÉIS (até 08/10/1833)
Originado no período Colonial por influência do monetário português, não se tratava de uma moeda genuínamente brasileira. Foi aproveitado do padrão português, sem fundamentação legal no Brasil.
PERÍODO POLÍTICO
Colônia, D. Pedro II - O Pacífico (1683-1706)
Pedro II, apelidado de "o Pacífico", foi Rei de Portugal e Algarves de 1683 até sua morte, anteriormente servindo como regente de seu irmão o rei Afonso VI a partir de 1668 até sua ascensão ao trono. Durante seu reinado foi iniciada grande produção de moedas de cobre, prata e ouro em território brasileiro pelas Casas da Moeda de Pernambuco, Rio de Janeiro e Bahia, além das produzidas regularmente no Porto, Portugal.
LIMITES GEOGRÁFICOS
Colonial p/ circulação geral
ORIGEM
Casa da Moeda, Rio de Janeiro
CARACTERÍSTICAS
Material: prata
Diâmetro: 37,0 mm
Massa: 19,32 g
Bordo: serrilhado
Titulagem: Ag 916 2/3
Eixo: reverso medalha (EV) ⇈
OBSERVAÇÕES
Duas patacas. Data 1699 sobreposta a 1968.
EMISSÕESKM# n/d
ano produção CRMB Prober Amato Vieira Bentes obs.
1699 n/d 1699-P-640v1 - 76.02
Citação das fontes de códigos de referência de moedas:
KM# é código de referência de Krause-Mishler do Standard Catalog of World Coins, 2014
CRMB é código de referência proposto por este site - Código de Referência das Moedas Brasileiras
Prober extraido do Catálogo das Moedas Brasileiras, de Kurt Prober, 3ª. edição, 1981
Amato extraido do Livro das Moedas do Brasil, de Amato/Neves, 17ª. edição, 2024
Vieira extraido do Catálogo Vieira - Moedas Brasileiras, de Numismática Vieira, 14ª. edição, 2012
Bentes extraido do Catálogo Bentes - Moedas Brasileiras, de Rodrigo Maldonado, 1ª. edição, 2013
Origem | Source
Assunto | Subject
ID
MNC0195