Anexos
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Metadados
Título
Moeda - PERNANBUCO - HOLANDA - GWC III FLORINS RECIFE 1645
Descrição
PERNANBUCO - HOLANDA - GWC III FLORINS RECIFE
1645
paríodo de D. JOÃO IV
REPLICA
RECIFE HOLANDA SISTEMA DUO DECIMAL
MOEDA OBSIDIONAL COMPANIA PRIVILEGIADA DAS INDIAS OCIDENTAIS PERNAMBUCO - GEOCTROYEERDE WEST-INDISHE COMPAGNE - SOLDOS (STUIVERS)
BENTES 7.01
13,5mm / 1,7gr
Classificação | Found in
3.0 - Repositório Numismático e de Coleções > 3.5 - Seção Coleção de Moedas > 3.5.1 - Series Brasil dos Povos Originários e seus Invasores - 1100/1664 > 3.5.1.10 - Dossier Ocupação Holandesa e Maurício de Nassau, 1624 - 1790
Data | Date
1645
Descrição | Description
MOEDAS OBSIDIONAIS
As moedas batidas pelos Holandeses em Pernambuco, nos anos de 1645 e 1646 e, posteriormente sob cerco em 1654, foram as primeiras cunhagens efetuadas em território brasileiro com o nome BRASIL. Essas moedas eram batidas em placas "romboidais" de ouro, nos valores XII; VI e III florins e de prata no valor XII soldos com a data de emissão, além da indicação do valor, em florins ou soldos, e das letras GWC, sigla da Companhia Privilegiada das Índias Ocidentais (Geoctroyeerde West-Indische Compangnie).
As remessas de florins, soldos e xelins provenientes da Holanda não eram suficientes para atender as necessidades da administração holandesa no Brasil, durante os anos de ocupação. Assim, para suprir a falta de recursos, o Conselho da Companhia decidiu utilizar o ouro vindo da Guiné destinado à Holanda para cunhar, em 1645, moedas de III, VI e XII florins e no ano seguinte (1646) fez nova emissão com o restante do ouro.
Estas peças chamadas de “moedas de necessidade”(de emergência ou de necessidade do invasor) foram as primeiras "cunhadas" no Brasil e são muito raras. São destacadas das demais moedas pela sua forma "quadrangular" e pela pouca espessura.
As moedas de prata de XII soldos de 1654 foram produzidas após a capitulação dos holandeses, com características semelhantes às de ouro, consideradas também como moedas de necessidade, nesse particular caso, do invasor.
Obsidional é o termo que, usado em numismática - em alguns casos pode ser "confundido" com "castrense" - serve para indicar a moeda de emergência cunhada durante um assédio (do latim obsidium). Pode se referir à coroa graminea concedida ao militar romano de alto escalão, como recompensa por haver libertado tropas assediadas, premiando-os com uma coroa de ramos dita "obsidionalis".
Eram, em geral, cunhadas para pagar o soldo às tropas, mas não somente. A característica notável destas moedas é a irregularidade, não só na sua forma, mas também no valor, frequentemente não alinhada com o standard monetário usado na região circunscrita e, muitas vezes, não correspondendo minimamente ao seu valor intrínseco, isto é: o valor estampado, geralmente, supera em muito o conteúdo de metal ou material escolhido, de acordo com o momento.
Eram cunhadas pelos assediados, mas raramente também pelo assediador. Frequentemente, devido à carência de metal, muitas destas moedas foram realizadas em couro ou mesmo em cartão. Para fazer jus ao valor extrínseco, o correspondente intrinseco era, na maior parte das vezes, resgatado prontamente ao término de um conflito bélico.
A primeira menção oficial às moedas obsidionais é documentada a partir do século XVI, sendo muito numerosas a partir de então e até fins do século XIX. As mais antigas moedas obsidionais de que se tem notícia foram batidas na Itália, no início do século XVI, em ocasião do assédio de Pávia e de Cremona, época de Francesco I.
DESCRIÇÃO
Moedas obsidionais cunhadas pelos holandeses no Brasil
ANVERSO
Colar de pérolas com um grande W entrelaçado com um G e um C. Sobre o monograma, que representa as iniciais da GEOCTROYEERDE WEST-INDISCHE COMPAGNIE (Companhia Privilegiada das Índias Ocidentais), o respectivo valor expresso em algarismos romanos.
REVERSO
Colar de pérolas, tendo ao centro as palavras ANNO / BRASIL, em duas linhas paralelas e abaixo a data 1645 ou 1646.
PADRÃO MONETÁRIO
FLORINS
Sem xfundamentação legal, moedas emergenciais chamadas obsidionais. Cunhadas no Brasil, pelos holandeses, durante ocupação de Pernambuco.
PERÍODO POLÍTICO
Colônia, D. João IV - O Restaurador (1640-1656)
João IV, apelidado de "o Restaurador", foi Rei de Portugal e Algarves de 1640 até sua morte. Líder na conquista da independência de Portugal do controle da Espanha. Assinou o Alvará de 26/02/1643, oficializando a aplicação de contramarcas em moedas espanholas. Ainda era rei de Portugal quando da expulsão dos holandeses no Brasil, onde foram produzidas moedas obsidionais para pagamento dos soldados.
LIMITES GEOGRÁFICOS
Local, emergencial
ORIGEM
Cia. Privilegiada das Índias Ocid.
CARACTERÍSTICAS
Material: ouro
Diâmetro: 13,0 mm
Massa: 1,80 g
Espessura: 1,00 mm
Bordo: liso
Eixo: reverso medalha (EV) ⇈
OBSERVAÇÕES
Consideradas as primeira moedas brasileiras tanto por conter o nome BRASIL como por terem sido fabricadas em solo brasileiro. As medidas são aproximadas uma vez que não havia precisão dada a precariedade em sua produção.
EMISSÕESKM# 5
ano produção CRMB Prober Amato Vieira Bentes obs.
1645 n/d 1645-O-003 O-1 O.001 O-5 7.01
1646 n/d 1646-O-003 O-4 O.002 O-6 7.02
Citação das fontes de códigos de referência de moedas:
KM# é código de referência de Krause-Mishler do Standard Catalog of World Coins, 2014
CRMB é código de referência proposto por este site - Código de Referência das Moedas Brasileiras
Prober extraido do Catálogo das Moedas Brasileiras, de Kurt Prober, 3ª. edição, 1981
Amato extraido do Livro das Moedas do Brasil, de Amato/Neves, 17ª. edição, 2024
Vieira extraido do Catálogo Vieira - Moedas Brasileiras, de Numismática Vieira, 14ª. edição, 2012
Bentes extraido do Catálogo Bentes - Moedas Brasileiras, de Rodrigo Maldonado, 1ª. edição, 2013
Origem | Source
Assunto | Subject
Florin | Maurício de Nassau | Moeda Obsidional | Ocupação Holandesa no Brasil
ID
MNC0040
Material
Dimensões
Tamanho (mm)
13.5
Peso (gr)
1.7